Em Setembro de 2001 regressou o Verão do nosso descontentamento. Enquanto a América e a Europa dormiam, embaladas pelos sonhos optimistas da globalização e de um mundo sem conflitos significativos, havia quem trabalhasse para um futuro diferente. Os mediáticos crimes terroristas foram a manifestação externa de uma doença pré-existente. O “cliché” de que o mundo mudou desde então apenas fará sentido caso seja temperado pela conclusão de que se mantêm, no essencial, as relações de forças entre os principais actores internacionais. Os detentores de instrumentos relevantes de poder viram a sua posição internacional robustecida, como acaba sempre por ocorrer em situações de crise. De facto, apenas pode projectar poder quem o detém.

26 Ediçao Digital
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